quinta-feira, 5 de abril de 2012

Jesus nunca deu importância às práticas exteriores




“Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que desfiguram o semblante para que os homens vejam que eles estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Vós, porém, quando jejuares, ungi a cabeça e lavai o rosto, afim de  não mostrardes aos homens que estais jejuando, mas somente ao vosso Pai, que está em secreto; e vosso Pai, que vê em oculto, vos recompensará.” (Mateus, 6:16-18.)
O décimo dia, do sétimo mês, era dos mais importantes, no calendário religioso judeu. Era o dia nacional de expiação dos pecados do povo, quando, em cerimonial com sacrifícios de animais, os sacerdotes libertavam as comunidades de seus pecados.
O povo era levado a participar com abstinência completa de trabalho e alimentação. O jejum se apresentava como empenho de mortificação do corpo para depuração da alma. E Moisés, que instituiu a prática, revestiu-a de autoridade divina, proclamando que Jeová castigaria aqueles que não a observassem.
Outros dias foram consagrados ao jejum, que era também usado nos tempos de calamidade pública, de grandes dificuldades para o povo, considerando-se que com semelhante sacrifício Jeová atenderia aos reclamos populares.
Como acontece com todo culto exterior, em breve o jejum deixou de servir à religião para servir ao religioso. Os judeus submetiam-se ao jejum, não por empenho de purificação, mas apenas para mostrar que observavam com rigor os preceitos divinos.
Os fariseus, por exemplo, jejuavam duas vezes por semana. Nesses dias, para evidenciarem que isto representava sacrifício para eles, apresentavam as vestes mal arrumadas, barba e cabelo em desalinho, expressão torturada... É provável que nem mesmo estivessem jejuando, já que o importante era a aparência.
Jesus combate esse comportamento, recomendando que o jejuante se mantenha sereno, dentro da normalidade, em sua apresentação pessoal, buscando não a apreciação dos homens, mas a aprovação de Deus. Se a finalidade do jejum é a purificação, ensejando a comunhão com o céu, trata-se de um assunto muito íntimo, entre o servo e o Senhor, entre a criatura e o Criador. A propaganda em torno do jejum seria mera manifestação de vaidade, invalidando totalmente seus objetivos.
Jesus nunca deu importância às práticas exteriores. Não o vemos promovendo cerimônias, nem rezas. Suas reuniões, com os seguidores, eram totalmente despidas de formalismos. E ele falava com simplicidade, sem fórmulas verbais, sem vôos de erudição, de preferência em contato com a Natureza, sempre pronto a responder a perguntas, fazendo do diálogo com o povo a base de seus inesquecíveis ensinamentos.
Por isso não jejuava, nem Ele nem seus discípulos. E àqueles que o acusavam de desrespeitar o culto judeu, respondia citando o profeta Oséias: “Misericórdia quero e não sacrifício.” Para a comunhão com o céu é muito mais importante praticar o bem do que mortificar o corpo.
Pode-se considerar benéfico o jejum sob o ponto de vista fisiológico. Algumas horas sem alimentos ou mesmo um dia, para as pessoas habituadas a essa prática, favorecem a desintoxicação orgânica. Mas, espiritualmente, o jejum que realmente funciona é o da abstinência de maus pensamentos, de sentimentos inferiores, venenos sutis que desajustam nossa Alma, candidatando-nos à perturbação.
Jesus se refere ao jejum, período de privações e até de dores para aquele que o pratica, como base para nos advertir de que devemos conservar a dignidade e o silencio em relação aos próprios sofrimentos.
Há uma arraigada tendência em nossos Espíritos, no sentido de fazermos propaganda de nossos males, porquanto, consciente ou inconscientemente, gostamos de nos sentir vítimas das circunstâncias, do Destino, do semelhante...
- Minha doença é muit grave!
- Meus familiares são maus!
- Meus amigos não me entendem!
- Ah! Como é grande a perda que sofri!
É gratificante para nós que todos saibam que estamos sofrendo, como se isso nos situasse na condição de heróis.
Todavia, esse heroísmo lamuriante cheira muito mais a fraqueza, a volúpia da mágoa. Aqueles que assim se comprazem precisam considerar que acabam por provocar reações diametralmente opostas às pretendidas, entre amigos e familiares, afastando-os, porquanto nada mais terrível do que a convivência com pessoas sofredoras por vocação, que elegeram a condição de vítimas eternas!
Nos períodos de jejum – quando sofremos a provação da saúde, da afetividade, da fortuna – é preciso seguir a recomendação de Jesus: erguer a cabeça, mantendo expressão serena, calando a própria dor, confiantes em Deus. E Ele, que tudo vê, encontrará em nós a disposição ideal para que nos possa ajudar.

Do Livro – A Voz do Monte – Richard Simonetti

segunda-feira, 2 de abril de 2012

2 de abril aniversário de nascimento de Chico Xavier


Neste 2 de abril de 2012, os espíritas comemoram os 102 anos de nascimento de Francisco Cândido Xavier, o 'Chico Xavier', autêntico representante da Doutrina Espírita.

Chico Xavier trabalhou incansavelmente no auxílio ao próximo, através das cartas psicografadas e na divulgação da doutrina espírita através das mais de 400 obras psicografadas.

Em Parnaíba, o movimento espírita realiza a Semana Espírita Chico Xavier em homenagem ao médium que exerceu a mediunidade com Jesus e que enalteceu a prática mediúnica no Brasil.

No video a música do Grupo Acorde - Tributo a Chico Xavier

AME Piauí realiza Curso sobre Magnetismo e Fluidoterapia

A AME - Associação de Médicos Espíritas do Piauí, estará realizando nos dias 14 e 15 de abril um curso de Magnetismo e Fluidoterapia com renda revertida para a conclusão do Ambulatório Médico-Espírita que está sendo construído na cidade de Teresina.Trata-se de um projeto piloto que, a princípio, será realizado para os membros da AME, sendo em seguida, apresentado ao movimento espírita. A iniciativa é da Drª. Kátia Marabuco, presidente da AME - Piauí.